quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Bolsa tomba 3,92% e atinge menor pontuação do ano; dólar recua a R$ 2,203

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em forte baixa pelo sexto pregão consecutivo, e atingiu a menor pontuação do ano. O Ibovespa, principal indicador do mercado brasileiro de ações, recuou 3,92%, a 37.080,3 pontos.

Em seis dias, a Bolsa acumula perda de 25,54%, e no ano, de 41,96%.

O dólar comercial encerrou os negócios em baixa de 3,97%, cotado a R$ 2,203 na venda. O resultado foi influenciado pela atuação do Banco Central, que fez leilões da moeda americana no mercado futuro e à vista.

Investidores desconfiam que o banco americano Morgan Stanley seja bem-sucedido no acordo planejado com o maior banco do Japão, o grupo financeiro Mitsubishi UFJ.

BC vende dólares
O BC optou, na manhã desta quinta-feira, por realizar uma nova venda de dólares no mercado à vista. A operação foi feita a uma taxa de R$ 2,17, menor que as três taxas obtidas nos leilões de ontem, de R$ 2,44, R$ 2,37 e R$2,35. A instituição não informa a quantia total que negociou no mercado à vista.

Desde 13 de março de 2003, início do governo Lula, o BC não fazia esse tipo de venda direta. Nesse tipo de venda, a moeda norte-americana efetivamente sai das reservas e passa às mãos dos compradores.

A autoridade monetária também realizou operação de "swap" cambial (equivale à venda no mercado futuro). O BC colocou US$ 1,7 bilhão à disposição, mas o mercado absorveu apenas US$ 911 milhões.

Desde 1º de agosto de 2008, o dólar acumula alta de 53,4% ante o real, segundo a consultoria Economatica. A título de comparação, a moeda americana, no mesmo período, subiu 30,8% em relação à mexicana, 17,6% na comparação com a chilena, 5,9% sobre a argentina e 13,4% ante o euro.

Crise global
"Os mercados continuam céticos quanto à coordenação internacional para resolver os problemas do sistema financeiro", afirmaram os economistas do Barclays Capital em uma nota a seus clientes, dando a entender que as Bolsas mundiais continuarão voláteis nos próximos dias.

O fim de semana se anuncia carregado em Washington: os responsáveis do G7 (Alemanha, Canadá, EUA, França, Grã-Bretanha, Itália e Japão) se reúnem sexta-feira para discutir como "reforçar seus esforços coletivos diante da crise", segundo Paulson.

Washington receberá também a partir de sábado reuniões do Grupo dos 20, que reúne ministros e banqueiros centrais dos principais países ricos e emergentes, e as reuniões autônomas do FMI e do Banco Mundial.

O jornal britânico "Financial Times" publicou em seu site, nesta quinta-feira, reportagem dizendo que o Brasil tende a sair "relativamente ileso" da crise.

Mais medidas
Bélgica, França e Luxemburgo decidiram dar garantias ao banco franco-belga em dificuldades Dexia, para que possa pegar dinheiro emprestado nos mercados, depois de ter nacionalizado parcialmente a empresa na semana passada.

Na Islândia, o Estado assumiu o controle do maior banco do país. Com esta nacionalização, do banco Kaupthing, os três grandes estabelecimentos bancários da ilha, em meio a uma grave crise financeira, continuam sob controle governamental.

Os negócios na Bolsa de Reykjavik, afetadas pela crise no setor financeiro da Islândia, foram suspensas até 13 de outubro.

A Irlanda anunciou que estendeu sua garantia total sobre os depósitos bancários a cinco bancos estrangeiros com amplas atividades no país, conforme anunciou nesta quinta-feira o ministério irlandês das Finanças.

Sem solução imediata
"Não existem soluções imediatas nem fáceis para a crise financeira internacional", disse nesta quinta-feira o comissário europeu dos Assuntos econômicos e monetários, Joaquin Almunia.

Ontem, o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, previu que "algumas instituições financeiras vão quebrar nos EUA" em breve. Ele pediu paciência diante das turbulências nos mercados "que não vão passar rapidamente".

"Calma!", lançou aos investidores o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, que vê na redução conjunta das taxas de juros "um sinal de confiança ao mercado". "O pessimismo é um mau conselheiro", destacou.

Mercados
As principais Bolsas européias encerraram os negócios desta quinta-feira em queda, após passarem grande parte do dia em território positivo, pressionadas por receios sobre o desaquecimento da economia mundial e pelo esgotamento do entusiasmo gerado pelos cortes coordenados nas taxas de juros ontem.

Em Londres, o índice FTSE 100 caiu 1,21%, em Paris, o índice CAC-40 terminou em baixa de 1,55%, e em Frankfurt, o índice DAX recuou 2,53%.

Já na Ásia, os mercados fecharam sem direção comum, com os investidores ainda tensos a respeito da situação do ambiente de crédito no mundo.

Tóquio, a Bolsa mais importante da região,terminou o dia com queda de 0,5%, Xangai perdeu 0,84%, e Taiwan recuou 1,45%. Mas Hong Kong subiu 3,31%, Seul teve alta de 0,64% e Cingapura avançou 3,4%.

Fonte:UOL

Seja o primeiro a comentar

Notícias:

Quem sou eu

Marau, Rio Grande do Sul, Brazil
Sou Cleyton Bonamigo, natural de Marau/RS, estudante, com 16 anos e praticante na área de Web Desenvolvimento. Também gosto muito de esportes, começei com 12 anos a praticar lutas, especificadamente Kick boxing, agora com 17 anos estou praticando luta Muay Thai e estou fazendo academia de musculação.

  ©Template by Dicas Blogger.

TOPO  

BlogBlogs.Com.Br